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Jamila Salimpour

O primeiro contato de Jamila Salimpour com a cultura árabe foi através de seu pai, que era da marinha e, por causa disso, esteve em bases no Egito, Tunísia e Síria. Ao voltar para os EUA, ele levou para casa gravações de músicas do Oriente médio e tentou imitar os dançarinos orientais que viu. Podemos dizer que os primeiros passos de Jamila foram suas tentativas de imitar seu pai nesta atividade. Porém, não foi com a dança do ventre seu primeiro trabalho como artista profissional: ela trabalhou no famoso circo “Ringling Brothers Circus” quando tinha apenas 16 anos, e seu número contava até com um elefante!

 

A dança do ventre voltou à vida de Jamila quando tinha por volta de 20 anos, através dos filmes da Golden Era da dança do ventre. Fascinada pela dança de estrelas como Samia Gamal, Tahia Carioca e Naima Akef, ela tentava também imitá-las no saguão da casa onde morava.
Foi somente aos 31 anos que Jamila começou a dançar em um club (algo como uma boate) árabe, tendo sido também co-proprietário de outro club, o famoso Bagdad Café. Nessa época conheceu aquele que viria a ser seu terceiro marido e pai de sua filha Suhaila, o percussionista persa Ardeshir Salimpour. Ardeshir tentou impedi-la de dançar com ameaças de violência física, porém por conta da situação financeira Jamila foi impelida a dar aulas de dança do ventre.

Não havia material, metodologia, nomenclatura para o ensino formal de dança do ventre e de snujs. Perseverante e corajosa, Jamila tomou para si esse trabalho. Estudou minuciosamente todos os toques de snuj que escutava e inclusive desenvolveu algumas variações, o que culminou em seu primeiro manual de snujs.
Em relação ao tribal, podemos dizer que ela foi a grande responsável, através de seu grupo Bal Anat, pela estética e pelo formato de coro.

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