Tahtib é o termo usado para uma arte marcial tradicional de luta com bastão praticada principalmente no Alto Egito (ao sul, na região Saaid).
Originariamente, era chamada de fan a’nazaha wa-tahtib (a arte de ser direto e honesto). E assim é o povo Saaid: honrado, honesto, de palavras confiáveis e muito teimoso.
Os vestígios mais antigos de tahtib foram encontrados em gravuras no sítio arqueológico de Abusir, localizada nos subúrbios do sudoeste do Cairo, em relevos da Pirâmide de Sahure (V dinastia, c. 2500 aC). Esta foi a primeira pirâmide construída em Abusir.
Além do Tahtib, há também registros com arco e flecha.
Três tumbas da necrópole de Beni Hassan (Dinastias XI-XII, 1900 – 1700 aC) contêm gravuras mostrando cenas de tahtib. Também podem ser vistas no sítio arqueológico de Tell el Amarna (XVIII Dinastia, 1350 aC).
Além de seu papel como treinamento militar, as partidas de tahtib eram populares entre camponeses e fazendeiros, para resolver os mal-entendidos.
A arte marcial posteriormente deu origem à dança folclórica egípcia com bastão. A partir do Novo Império (1500 – 1000 aC), consegue-se ver atividades de lazer e dança com tahtib nas gravuras das paredes de Luxor e Saqqara.
Hoje em dia, a palavra tahtib refere-se tanto a prática marcial quanto a arte dançada e performática, que mistura dança e luta, originalmente feita apenas por homens.
Hoje, mulheres também dançam com bastão e a versão feminina pode ser chamada de Raks el Assaya, com passos masculinos, movimentos da arte marcial e muitos movimentos de quadril, inspirados nas ghawazee (ciganas egípcias).
Todas as performances femininas com bastão tem grande inspiração nas ciganas egípcias.
A música é própria da região e muito importante, na sua maioria com o ritmo Saaid e com instrumentos folclóricos como rabeb, mizmar, entre outros.