Um artigo publicado neste ano, pelas autoras Naiara Müssnich e Nina Ingrid Caputo, ambas historiadoras, realiza uma análise interessante das representações da “dança do ventre” em pinturas e literatura de viagem produzidas por europeus(ias) no século XIX. Situando esta manifestação no tempo e no espaço, descrevendo características e sujeitos que foram importantes para o desenvolvimento desta prática, analisa-se sua profunda relação com o processo de colonização do Egito. Conclui-se que a dança praticada por homens e, sobretudo, mulheres no território egípcio passou por filtros e interpretações europeias antes de se consolidar no Ocidente como “dança do ventre”. Tal contexto sociopolítico deixou marcas ainda visíveis na forma como este repertório corporal é executado, representado e reputado na atualidade.
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https://doi.org/10.1590/2237-2660113430